Geralmente quando falamos com os outros são as situações que mais exigem CORAGEM. A comunicação sincera e verdadeira é fundamental para qualquer tipo de relacionamento. Portanto, é importante ser sábio, dizer coisas positivas, oportunas, sem rispidez e, se possível, desejadas.
Coisas não ditas ocasionam ressentimentos, solidão e à perda da oportunidade de explorar a própria verdade ao falar sobre elas. Ocasionalmente, é impossível, inadequado e inseguro discutir sobre determinados assunto, portanto precisamos usar nossos recursos interiores, como compaixão, gratidão, confiança, calma, intimidade e motivação. Debater acerca de situações difíceis sem piorá-las requer habilidade e, nessas situações, precisamos de CORAGEM para permanecer a salvo e falar SABIAMENTE com o CORAÇÃO ABERTO.
MANTER-SE SEGURO
Diante do que foi exposto, existem maneiras de manter o máximo de segurança ao estabelecer uma comunicação? SIM, e vamos discorrer um pouco sobre elas:
Tenha noção do perigo – infelizmente a violência obscurece muitos relacionamentos. Fique atento a qualquer sinal de ingenuidade ou otimismo de sua parte que possa levá-lo a confiar mais do que deveria em alguém, você pode utilizar da atenção plena para isso. Conheça sua verdade – seja claro sobre aquilo que VÊ, SENTE e QUER num relacionamento. Utiliza da calma e autoconfiança. Converse sobre falar – as boas interações são a base para bons relacionamentos, e é pouco provável um relacionamento progredir se as interações não melhoram. Se distancie de situações que provocam briga, ou até mesmo corte relacionamentos tóxicos.
DIVIDIR EXPERIÊNCIAS E SOLUCIONAR PROBLEMAS
Grande parte da comunicação se baseia em dividir experiências. Falar sobre situações problemáticas pode ocasionar facilmente para uma briga, portanto, conversar sobre experiências é mais seguro. Qual a diferença?
Quando dizemos: “É ruim quando A acontece”, o outro pode questionar.
Porém, se dissermos: “Eu me sinto mal quando A acontece”, é mais difícil o outro dizer: “Ah, não sente, não!”
Em geral, é preferível iniciar a conversa acerca das experiências e em seguida, quando necessário, discutir sobre problemas. Não esqueça de entrar na interação com empatia, compaixão e bondade, pois é uma excelente forma de estabelecer uma conexão. Quando nos sentimos conectados ao outro, resolvemos juntos os problemas de maneira mais facil e leve.
FALAR COM SABEDORIA
Os relacionamos tem uma ligação direta com interações e comunicações, tendo em vista que eles são construídos através das interações, e as interações são construídas através da comunicação. Tenha cuidado para sua fala não soar ríspida, pois não é O QUE comunicamos, porém O MODO como nos comunicamos que mais fere ou afeta o outro. Seja sábio na fala da seguinte maneira:
Fala por si mesmo – saiba enfatizar quais são as declarações sobre o EU e quais são as declarações sobre o OUTRO. Jamais tente dizer o que o outro pensa, sente ou pretende.
Mantenha os outros no coração – é necessário enfrentar os impactos dos outros sobre você, porém não é necessário levar tudo para o lado pessoal.
AFIRMAR-SE
Mesmo nos relacionamentos mais incentivadores e positivos é necessário SE AFIRMAR, ainda que de forma mais discreta e sutil. De que forma podemos fazer isso?
Determine os fatos – normalmente as situações não são óbvias, ou as pessoas possuem crenças diferentes sobre elas. Logo, saiba quais são os fatos relevantes.
Esclareça os valores – depois de esclarecer os fatos, é necessário fazer a relação com os valores (prioridades, princípios e preferências). Saiba O QUE é mais relevante para você num problema e POR QUE é relevante. Note onde os envolvidos se preocupam com as coisas de forma semelhante e em que onde divergem.
Fique atento ao prêmio – foque no resultado mais importante e não busque as outras questões.
Consolide seus ganhos – raramente uma grande questão é resolvida numa conversa única. O outro pode se sentir pressionado se você tratar de uma questão atrás da outra. Saiba dá o próximo passo apenas na hora certa.
Foque no futuro – conversar sobre o passado para explanar sobre o impacto que teve em nós ou dar um exemplo do que esperamos que seja diferente no futuro, é importante às vezes, porém, essa situação geralmente ocasionará mais brigas e conflitos, pois é fácil ter opiniões contrárias sobre o passado, já que as pessoas se lembram de partes diferentes. Foque no que você quer daquele ponto em diante.
Faça pedidos, não exigências – a comunicação possui três elementos inerentes: o conteúdo, o tom emocional e uma declaração implícita sobre a natureza do relacionamento. Quando se comunicar sobre um problema com outra pessoa, permita seu jeito de ser orientá-lo com confiança, empatia e respeito próprio. Faça acordos claros – seja o mais específico, objetivo e concreto possível, eliminando ao máximo qualquer dúvida que possa existir. É importante analisar de que forma podemos capacitar e/ou apoiar o outro para que cumpra o acordo.
CONSERTANDO RELACIONAMENTOS
Até nos melhores momentos, os relacionamentos devem passar por um processo natural de correção – conserto – para tornar claro pequenos mal entendidos e atenuar os pontos de tensão, para isso:
Verifique seu entendimento – tente não deixar de lado um detalhe, confundir uma palavra que foi dita, interpretar mal um observar ou tirar conclusões erradas. Fique atento pois quando nos sentimos feridos ou irritados com alguém ficamos mais propícios a realizar esses erros.
Saiba que você importa – depois de refletir que algo necessita de conserto, FIQUE A SEU FAVOR. Somos merecedores de justiça e respeito, assim como todo mundo e não é errado se sentir vítima se você foi vitimizado.
Ajuste o relacionamento à sua verdadeira base – a base dos relacionamentos são a confiança, respeito e compromisso, e é preciso ter em mente que um relacionamento maior do que sua base é iminentemente inseguro e instável.
Vale ressaltar que: MESMO QUE NÃO POSSAMOS MUDAR ALGO OU SITUAÇÕES EXTERNAS, NA NOSSA MENTE, PODEMOS RECUAR E LIMITAR O IMPACTO DO OUTRO SOBRE NÓS.
Referências
HANSON, Rick; HANSON, Forrest. O poder da resiliência. Rio de Janeiro: Sextante, 2019. 256 p.
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