Neuroeducação: Novas perspectivas para o transtorno do espectro do autismo

Sunday, 13 de December de 2020

 


Já abordamos sobre neuroeducação, sua importâncias e limitações. Contanto, caro leitor, se você está atento sabe que não levamos em consideração a condições clínicas relacionada ao desenvolvimento do cérebro como, por exemplo, o autismo.

 

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é caracterizado como um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento das interações sociais, verbais e não-verbais, podendo haver déficts da cognição social e até mesmo nas funções executivas.

 

A cognição e as funções executivas são elementos essenciais no meio da neuroeducação, sendo assim pessoas com TEA que apresentam dificuldades e uma variabilidade de manifestações comportamentais dentro do seu espectro, então, como poderíamos ser mais assertivos com pessoas que tem TEA no que se refere ao ensino?

 

Professores precisam possuir abordagens em que os alunos se sintam capazes de melhorar suas habilidades de comunicação social para que possam melhorar sua inclusão social e bem-estar. Crianças com TEA aprendem atribuir valores significados afetivos as ações das pessoas. Isso porque alguns problemas de aprendizagem afetiva necessitam da ligação entre o córtex frontal medial e sistemas óbito-amígdala, estando ligado a déficits na função executiva, imitação e empatia.  

 

Um estudo evidenciou que o processamento sensorial em crianças com TEA é atípico ao detectar que 95% das crianças possuíam disfunção sensorial, sejam sensações táteis ou dificuldades para filtrar áudios.

 

Outro estudo, investigou se o processamento facial diferia para crianças com TEA em diversas situações, como, dinâmica social e videoclipes de interações sociais, estática social e videoclipes de interações sociais, dinâmica isolada e vídeos de indivíduos sozinhos; por fim, sem dinâmica e vídeos de indivíduos sozinhos. Os resultados mostraram que os indivíduos com TEA diferiram do processamento facial dos controles, onde fixaram mais o olhar nas regiões do corpo e menos no olhar.

 

 

Portanto, nota-se a necessidade de explorar melhores metodologias que possam fornecer melhores embasamentos e ferramentas para que professores possam abordar melhor no ensino com novas abordagens e intervenções que possa melhorar substancialmente habilidades sociais e executivas, promovendo melhor inserção social e bem-estar na vida cotidiana de pessoas com TEA.

 

 

 

 

 

 

Referências:

 

RAVET, Jackie; WILLIAMS, Justin HG. What we know now: education, neuroscience and transdisciplinary autism research. Educational Research, v. 59, n. 1, p. 1-16, 2017.

 

SHYMAN, Eric. Please wait, processing: a selective literature review of the neurological understanding of emotional processing in ASD and its potential contribution to neuroeducation. Brain Sciences, v. 7, n. 11, p. 153, 2017.

 

NORTHRUP, Matthew et al. Measuring Complexity for Autism Interventions: TCFD's Inventory of Neuroeducational Complexity. ARCHIVOS DE MEDICINA, v. 3, n. 2, p. 9, 2017.

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Autor: Barbara Meneses
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