Neuroeducação e EEG

Monday, 16 de November de 2020

No nosso blog passado de neuroeducação nós introduzimos o conceito dessa área, sua importância e perspectivas futuras para a educação translacional. Nesse blog, iremos nos aprofundar em técnicas da neurociência aplicadas nos estudos.

 


         O primeiro estudo que trazemos foi direcionado para metodologia de engenharia de software. Infelizmente, programação não é algo que está disponível na educação básica de todos, o que torna seu aprendizado mais difícil. Portanto, explorar essa área a nível de ir em busca de melhores forma de ensinar algoritmos é bastante oportuna.

 

         Um estudo avaliou os ritmos cerebrais em sujeitos que programavam usando Python e Scratch, o objetivo do estudo era entender qual o melhor tipo de programação (visual ou textual), onde seria avaliado parâmetros que poderiam ser importantes para o desenvolvedor de software se engajar profissionalmente.

 

         Indivíduos que não tinham conhecimento sobre programação foram avaliados através das mudanças dos Estados mentais pelo eletroencefalograma (EEG).

 

         Dividiu-se em sessões, na primeira os indivíduos tiveram uma introdução de 2 horas a programação do Scratch e Python. A segunda foram feitas entrevistas individuais e a terceira se deu aos sujeitos realizarem a tarefa enquanto eram observados e analisados por EEG. O estudo mostrou interesse em ambas as formas de programação, e ainda encontrou correlação entre os ritmos cerebrais e o tempo de resolução.

 

         Saindo do campo das tecnológicas e indo percolando pelas biológicas, temos um estudo que aplicou EEG no ensino da disciplina de anatomia. O método a ser avaliado foi o just-in-time (JiTT), onde primeiramente há exercícios antes da aula com questões básicas para que depois o aluno consiga se concentrar em conceitos mais complexos.

 

         O estudo examinou as mudanças de amplitude do N250 e os eventos de positividade da recompensa (comportamental) associado ao potencial cerebral relacionado (ERP). Os alunos tinham que acertar as estruturas anatômicas que apareciam no computador.

 

         O estudo viu que conforme os alunos acertavam as estruturas anatômicas, a amplitude do N250 aumentava junto com feedback positivo, a amplitude da resposta do ERP diminuiu, logo o estudo sugere que o ERP pode ser usado como uma forma de rastrear a aprendizagem e sua retenção.

 

         Nesse blog, nos aprofundamos mais em como os resultados dos estudos de neuroeducação utilizando ferramentas dão melhores insights nas metodologias de ensino, definitivamente, é uma transformação na forma abordaremos a educação no futuro.

 


Referências:

 

DOUKAKIS, Spyridon et al. Assessing attention in visual and textual programming using neuroeducation approaches. In: Proceedings of the 23rd Annual ACM Conference on Innovation and Technology in Computer Science Education. 2018. p. 392-392.

 

ANDERSON, Sarah J. et al. A Reinforcement-Based Learning Paradigm Increases Anatomical Learning and Retention—A Neuroeducation Study. Frontiers in human neuroscience, v. 12, p. 38, 2018.

The content published here is the exclusive responsibility of the authors.

Autor:

Barbara Meneses

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