Será que a utilização do EEG pode apresentar um resultado mais rápido e eficaz na descoberta do melhor tratamento com antidepressivos?
Atualmente a medicina usa o método da tentativa e erro para descobrir qual o antidepressivo que o paciente melhor se adapta. Esse método é bastante demorado e pode não apresentar um resultado tão satisfatório, pois se baseia em testar um medicamento e observar se existe ume melhora nos sintomas apresentados pelo paciente, o que acaba generalizando esse tratamento.
Um estudo utilizando EEG e o antidepressivo Sertralina observou que existe um sinal neural que pode predizer quando o medicamento apresenta uma melhor resposta para o paciente. Esse sinal foi observado através de um padrão distinto de ondas cerebrais, analisados por um sistema de inteligência artificial. Então os pacientes que tinham esse padrão distinto de ondas cerebrais apresentavam uma melhor resposta ao tratamento com Sertralina, enquanto que os que não tinham tanta compatibilidade não apresentavam esse padrão distinto.
Esse achado pode representar um grande avanço para o entendimento neurobiológico dos tratamentos antidepressivos. Mesmo com o teste de apenas uma droga no estudo, se abre um leque gigantesco para que se possa observar essas alterações em diversas drogas diferentes e no futuro, talvez, possamos ter um tratamento mais personalizado para os pacientes com depressão.
Referências:
- Wu, W., Zhang, Y., Jiang, J. et al. An electroencephalographic signature predicts antidepressant response in major depression. Nat Biotechnol 38, 439–447 (2020). https://doi.org/10.1038/s41587-019-0397-3
- Widge, A. S. et al. Electroencephalographic biomarkers for treatment response prediction in major depressive Illness: a meta-analysis. Am. J. Psychiatry 2018, 17121358 (2018).
- Jensen, O. & Mazaheri, A. Shaping functional architecture by oscillatory α activity: gating by inhibition. Front. Hum. Neurosci. 4, 186 (2010).
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