Brain Machine Interface: Como essa tecnologia pode ajudar na comunicação de pessoas em coma

Thursday, 13 de January de 2022
 
 
Como vimos no blog "Como funcionam as Interfaces Cérebro Máquinas", às ICMs estão cada vez mais ganhando notoriedade na comunidade científica. Essa tecnologia permite a integração entre o cérebro humano a computadores para realizar o controle de dispositivos eletrônicos, tais como, cadeiras de rodas, computadores, celulares e braços robóticos. Dessa maneira, por meio dessa ferramenta é possível utilizar a atividade elétrica cerebral para possibilitar a comunicação e reabilitação de pessoas que apresentam deficiências em virtude de traumas ou patologias associadas ao sistema nervoso
 
Hoje vamos ver como essa tecnologia pode ser utilizada para auxiliar na comunicação de pessoas que estão em estado de coma.

 
Lesões graves no cérebro podem levar o indivíduo ao coma ou a um estado vegetativo. Dessa maneira, pacientes nessas condições apresentam atividade elétricas cerebrais, mas não conseguem efetuar o controle motor para a realização de tarefas, tais como, falar ou andar, sendo classificados em uma condição chamada Loked in syndrome ou síndrome do encarceramento.
 
Entretanto, cientistas da Universidade do Tennessee publicaram um estudo na revista Science Translational Medicine que revelam que apesar de não conseguirem se expressar esses pacientes apresentam-se conscientes.  


Para auxiliar as pessoas que estão neste estado, um jovem pesquisador Brasileiro, Luis Fernando da Silva Borges, desenvolveu uma interface cérebro máquina capaz de registrar  de forma não invasiva, utilizando o eletroencefalograma (EEG), a atividade cerebral desses pacientes e traduzi-las em fala por meio de algoritmos computacionais. Borges, apresentou o projeto batizado como Hermes Braindek no  Intel International Science and Engineering Fair (Intel Insef).


O sistema do Borges difere da ICM utilizada pelo físico Britânico Stephen Hawking, que utilizava movimentos discretos faciais para controlar o cursor sobre um teclado virtual. O sistema utilizava sensores de infravermelho para captar os movimentos da bochecha e selecionar as letras. Em seguida, um algoritmo realizava a previsão da palavra que era enviada a um sintetizador de voz.
 
Dessa maneira, os sistemas ICMs têm sido cada vez mais utilizados na pesquisa científica com o objetivo de auxiliar pacientes que apresentam comprometimento no sistema nervoso. Essa tecnologia, pode ajudar milhões de pessoas que sofrem com a Loked in syndrome.

 
Para mais informações sobre interface cérebro máquina e métodos de registro cerebral invasivos e não invasivos acesse o no site


Referências: 

  1. Howard, J. Decoding the thoughts of patients who can't even blink. CNN, 2017. Disponível em: <https://edition.cnn.com/2017/01/31/health/locked-in-als-brain-computer-study/index.html> Acesso: 31.01.2020


  1. Vigiano, G. Brasileiro é premiado por criar máquina de 'fala' para pessoas em coma Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/07/jovem-brasileiro-e-premiado-por-projeto-para-comunicacao-de-pessoas-em-coma.html>. Acesso: 31.01.2020


  1. Hoffmann, U.; Vesin, J-M.; Ebrahimi, T. Recent Advances in Brain-Computer Interfaces. · November 2007. DOI: 10.1109/MMSP.2007.4412807 · Source: OAI

  2. Lebedev, M. A.; Nicolelis, M. A.L. Brain–machine interfaces: past, present and future. TRENDS in Neurosciences Vol.29 No.9. 2006

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Autor:

Tamara Nunes

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