Sabe aqueles dias que estamos com tanta pressa que temos a sensação de estarmos falhando nas tarefas do dia a dia? Por situações como essa, estamos propícios a erros em condições que exigem maior concentração. Uma das formas para reduzir a frequência desses erros pode ser através da meditação, com enfoque em sensações e sentimentos.
É isso mesmo! Um estudo da Universidade Estadual de Michigan (https://www.mdpi.com/2076-3425/9/9/226/html)(1), nos Estados Unidos, aponta que é possível realizar um treinamento com os mecanismos neurocognitivos, pela meditação, e estabelecer uma relação entre a atenção e o monitoramento de erros.
A atenção plena, chamada de mindfulness, tem origem nas práticas orientais de meditação e é definida como uma concentração no momento atual, ou seja, ter contato apenas com o momento presente(2). Dentre diversos benefícios, como por exemplo reduzir o estresse, é possível influenciar em várias funções cognitivas que são associadas ao comportamento humano.
Para alcançar esses resultados e ver a associação desses parâmetros, é possível fazer o uso da técnica de eletroencefalograma (EEG) para gravar a atividade cerebral durante a meditação. Nesta fase, é avaliado a negatividade relacionada a erros (ERN), que é um sinal elétrico do cérebro que é detectado no couro cabelo através do potencial relacionado ao evento (ERP)(3) e ocorre quando uma pessoa comete erros comportamentais (4). Também é possível analisar a positividade ao erro(PE), que geralmente ocorre em sequência ao ERN, que depende da capacidade de detectar erros(5).
Sendo essencial o monitoramento do erro, o trabalho da Universidade de Michigan realizou esse experimento permitindo analisar os resultados com a meditação. A figura abaixo representa a negatividade ao erro(esquerda) e a positividade ao erro de acordo com variáveis como controle, meditação controle.
Analisando os resultados, podemos concluir que a técnica realmente traz resultados positivos para a capacidade de detectar os erros. Entretanto, estudos ainda não conseguem comprovar a associação desta capacidade com a mudança comportamento em situações que envolvem concentração maior. AS pesquisas nesta linha de atuação abrem uma gama de projetos que podem ser desenvolvidos quando for possível entender melhor o processo do ERN, visando uma maior produtividade e reações em situações do cotidiano.
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Referências
(1) Lin, Y .; Eckerle, WD; Peng, LW; Moser, JS Sobre variação no treinamento da atenção plena: um estudo multimodal de breves meditações de monitoramento aberto sobre monitoramento de erros. Brain Sci. 2019, 9 , 226.
(2) Hanh, NT (1976). O milagre da atenção plena: um manual para meditação . Boston: Beacon.
(3) Crowley MJ (2013) Negatividade relacionada a erros. In: Volkmar FR (eds) Encyclopedia of Autism Spectrum Disorders. Springer, Nova Iorque, NY
(4) Ito, S., Stuphorn, V., Brown, JW, & Schall, JD (2003). Monitoramento de desempenho pelo córtex cingulado anterior durante a contracoma sacada. Science, 302 (5642), 120–122
(5) Nieuwenhuis S, Ridderinkhof KR, Blom J, Faixa GP, Kok A (setembro de 2001). "Os potenciais cerebrais relacionados a erros estão relacionados diferencialmente à percepção dos erros de resposta: evidências de uma tarefa anti-fuga". Psicofisiologia . 38 (5): 752–60. doi : 10.1111 / 1469-8986.3850752 . PMID 11577898 .
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