
O Neuromarketing se tornou uma área da ciência muito explorada no mundo dos negócios pelo fato de usar ferramentas da psicologia, medicina e psiquiatria junto das técnicas de marketing para entender as pessoas em sua totalidade e posteriormente influenciar processos de venda e fidelização.
Para garantir que o estudo seja feito de forma eficiente é comum os especialistas usaram exames que monitoram e fazem a medição da atividade elétrica cerebral das pessoas, como o eletroencefalograma (EEG), um exame que é capaz de captar dados em alta resolução temporal, isto é, em milissegundos.
Com isso, o EEG se tornou um exame essencial para explorar as técnicas do Neuromarketing, pois ele é capaz de identificar a reação das pessoas ao serem expostas a estímulos, como o caso de anúncios.
Quer saber mais detalhes sobre como o EEG e pesquisas de Neuromarketing se relacionam?
Confira no texto.
A importância do Neuromarketing para o mercado
Durante muito tempo o mercado usufruiu de pesquisas vagas para criar estratégias de vendas e fidelização de clientes, mas com o surgimento do Neuromarketing esta perspectiva tem mudado.
O Neuromarketing é uma ciência que permite descobrir como funciona o processo de decisão de uma pessoa na medida que ela é exposta a estímulos – em sua maioria são vídeos, produtos e outros.
De fato, é um campo de estudo que tem a capacidade de responder perguntas relacionadas a forma como uma pessoa pensa, age e é influenciada, mas para isso não basta apenas expô-la a estímulos e sim aplicar as tecnologias de neurociência, como é o caso do EEG e os seus eletrodos.
Através deles é possível observar quais os estímulos que acionam cada uma das partes do nosso cérebro, sendo elas compostas pelo cérebro reptiliano caracterizado como instintivo, o cérebro límbico que é a parte mais sensitiva e emotiva, e o neocórtex que consiste na parte pensante e racional.
O uso de eletrodos nas pesquisas de Neuromarketing
Para observar a performance do EEG no Neuromarketing é essencial aplicar sensores pelo couro cabeludo da pessoa.
Esses eletrodos podem ser aplicados em quantidades diversas, mas geralmente o padrão do sistema Internacional é 10–20 permitindo explorar a atividade cerebral em sua amplitude.
A partir disso eles são capazes de medir a voltagem dos potenciais elétricos, como também a frequência das oscilações na atividade cerebral que pode ser dividida em bandas de frequência diversas, sendo cada uma responsável por indicar um estado comportamental específico.
Por exemplo, a frequência delta é a mais baixa das ondas cerebrais e pode estar ligada ao sono profundo, enquanto a gama exige um alto poder cognitivo, por isso pode representar uma atenção ampla da pessoa para determinada atividade.
É por isso que o uso do EEG é tão importante neste tipo de pesquisa.
O papel do EEG nas pesquisas de Neuromarketing
O EEG costuma ser descrito por pesquisadores como uma das ferramentas neurocientíficas mais legíveis e promissoras do mercado e que tem capacidade de estudar a neurociência do consumidor.
Tecnicamente o EEG pode ser usado como uma bússola sobre o cérebro do consumidor, pois ele ajuda a rastrear determinadas reações cerebrais na medida que ele é exposto a estímulos variados e isso acontece a partir dos eletrodos aplicados ao couro cabeludo da pessoa.
Os eletrodos são capazes de medir a voltagem de potenciais elétricos e a frequência de oscilações sobre a atividade cerebral da pessoa. Logo, em um estudo de Neuromarketing eles podem ser usados para a compreensão da tomada de decisão do consumidor e a partir disso favorecer a criação de estratégias que ajudem o negócio a acompanhar a jornada de compra e fidelização do cliente.
O interessante é que o EEG não oferece informações apenas por dados isolados, mas sim resultados objetivos e replicáveis baseados nos processos neurais das pessoas e para isso é necessário retirar alguns ruídos que também são obtidos no procedimento que por sinal pode ser feito com auxílio de outras tecnologias, como a ressonância magnética funcional (fMRI).
O EEG tem a capacidade de tratar, diagnosticar e até mesmo observar padrões de ondas cerebrais que consequentemente vão auxiliar o mercado quanto às suas estratégias de marketing, mas para isso é preciso aplicar o exame com eficiência usando e posicionando os sensores de forma adequada.
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