Tempos difíceis - reinventando a educação

Wednesday, 19 de January de 2022
Os efeitos da quarentena advindos da pandemia do coronavírus especialmente relacionados a incerteza sobre a reabertura de instituições de ensino, gerou uma necessidade premente de uma experiência educacional mais flexível. Isso veem gerando um impacto direto na educação e na neurociência. Dessa forma, tempos difíceis não apresentam apenas obstáculos, mas também oportunidades de inovação 



O surto epidémico que atingiu quase todo mundo veem acelerando as transformações educacionais
pois, a incerteza sobre a reabertura dos campus físicos de educação veem afetando a educação em neurociência em todos os níveis, desde a graduação à pós-graduação como também à educação continuada. Com isso, modelos educacionais tradicionais veem sendo questionadas e revistos. Vamos tentar discutir um pouco então como isso acontece?

A forma de aprendizado ativo, que é aquele onde o estudante interage com o conteúdo, de várias maneiras além da leitura é uma tendência relativamente nova no ensino superior. Estudos demonstram que essa nova forma de aprender envolvendo o aluno no seu processo de aprendizagem de forma ativa aumentam seu desempenho em várias disciplinas. Além disso, os alunos geralmente gostam dessa metodologia, e demonstram não inferioridade, se não superioridade, quando comparados com o ensino tradicional em neurociência.

Com isso, as plataforma virtuais favorecem aplicação dessas metodologias, pois, o conteúdo pode ser acessado quase a qualquer hora e em qualquer lugar pelos alunos. Vídeos e podcasts adicionam uma nova dimensão à experiência de aprendizado. Isso também permite que os alunos trabalhem no seu próprio ritmo, pausando, retornando, diminuindo a velocidade e acelerando o conteúdo, fazendo-o então de acordo com sua necessidade. Com isso, os alunos, tornam-se atores-chave em sua jornada educacional e podem abraçar um certo grau de curiosidade, exploração e autonomia.

Vale ressaltar que embora o motivo ativo venha sendo utilizado em muitas partes do mundo, várias nstituições ainda adotam os modelos tradicionais de ensino. Porém, no estado atual do aprendizado remoto obrigatório, mesmo que algumas instituições ainda não estejam totalmente preparadas para transição de cursos inteiros para formatos on-line, devido seu currículo ser baseado em um modelo “presencial”, pode-se perceber que os educadores estão cada vez mais se esforçando para se adaptar a essa nova forma educacional


Apesar do distanciamento físico das pessoas, o conhecimento e as habilidades em neurociência podem ser acoplados de várias maneiras criativas e interativas. Algumas plataformas como a Academia Americana de Neurologia (AAN) 
possui um centro de aprendizado on-line e oferece alguns cursos interessantes em neurologia clínica nesse tipo de formato. Entretanto, apesar de avaliações sugerirem uma aprendizagem superior quando comparado aos formatos de ensino mais tradicionais, alguns estudos recentes mostraram que os alunos podem não ter a percepção de "aprendizagem" quando trabalham em ambientes ativos de aprendizagem. Para lidar com esse equívoco, é fundamental compartilhar o raciocínio e os resultados com os alunos, além da importância dessas metodologias, afinal é algo muito “novo” para todos.  

E quando falamos de ensino a distância, não estamos nos referindo apenas em aulas expositivas, mas, importantes técnicas de neurociência como EEG por exemplo, em alguns lugares do mundo já veem aplicando seus treinamentos de forma virtual. Por exemplo, um programa de ensino de EEG foi desenvolvido para fornecer aos residentes em neurologia treinamento em EEG menos dependente de comparecer à supervisão presencial, demonstrando resultado promissores, com isso, essa ferramenta poderia servir como um método eficaz de suplementar a educação dos residentes. Ah, e já que estamos falando em EEG, vocês sabia que nossa plataforma possui esse produto? Clique aqui e confira.

Com isso, facilitar a interação e a colaboração dos alunos no seu processo de aprendizagem pode melhorar a experiência educacional e a aprendizagem destes. A tendência de aulas remotas já vinha sendo difundinda pelo mundo, porém, com a pandemia do COVID-19  não é mais algo opcional, e sim URGENTE! Com isso, a entrega de uma experiência educacional mais robusta depende da inovação de como os recursos tecnológicos são alavancados, e para isso precisa-se da colaboração das instituições de ensino e dos educadores nesse processo de se adaptar e reinventar na educação! Sendo assim, treinar a próxima geração de neurocientistas nos aspectos mencionados acima é indispensável!

TEMPOS DIFÍCEIS, SÃO TAMBÉM TEMPOS DE INOVAÇÃO!


Referências

CHERRIER, Sophie et al. Impact of a neuroscience intervention (NeuroStratE) on the school performance of high school students: Academic achievement, self-knowledge and autonomy through a metacognitive approach. Trends in Neuroscience and Education, v. 18, p. 100125, 2020.

DESLAURIERS, Louis et al. Measuring actual learning versus feeling of learning in response to being actively engaged in the classroom. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 116, n. 39, p. 19251-19257, 2019.

EMANUEL, Ezekiel J. The inevitable reimagining of medical education. Jama, v. 323, n. 12, p. 1127-1128, 2020.

SANDRONE, Stefano; SCHNEIDER, Logan D. Active and Distance Learning in Neuroscience Education. Neuron, v. 106, n. 6, p. 895-898, 2020.

WEBER, Daniel; MCCARTHY, David; PATHMANATHAN, Jay. An effective automated method for teaching EEG interpretation to neurology residents. Seizure, v. 40, p. 10-12, 2016.

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Autor:

Livia Nascimento Rabelo

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