Demências são uma perturbação do funcionamento cerebral que causa um declínio na capacidade cognitiva das pessoas afetando a execução de atividades diárias. Pensando nesses prejuízos, uma área que têm se preocupado em desenvolver tecnologias melhorem a vida dessas pessoas é as tecnologias assistivas.
A demência é uma deterioração mais grave das capacidades mentais que afeta principalmente a memória. Entre seus principais sintomas estão: perda de memória, desorientação, problemas em usar a linguagem, mudanças na personalidade, dificuldade em tarefas diárias habituais e comportamento perturbador ou inapropriado. Nessas circunstâncias, o tratamento da demência é multidimensional e constitui um grande desafio para os prestadores de cuidados e a sociedade.
Além disso, outras patologias e/ou transtornos como depressão, por exemplo, podem se associar a demência. Esta, ocorre principalmente em pessoas acima dos 65 anos. No mundo, mais de 50 milhões de pessoas são diagnosticadas com demências, e a cada ano quase dez milhões de novos casos veem sendo registrados. Além disso, a estimativa da Organização Mundial de Saúde é de que 152 milhões de pessoas serão afetadas até 2050. Nesse sentido, Na falta de cura para essas patologia, a comunidade médica e científica têm se preocupado em novas formas de tratamento que possam assistir pessoas com essas condições, envolvendo o diagnóstico precoce, postergando seu início e retardando sua evolução.
A Lei de Tecnologia Assistivas (TA) dos EUA a definiu como uma tecnologia usada por indivíduos com deficiência, a fim de desempenhar funções que sem ela poderiam ser difíceis ou impossíveis. Ou seja, são qualquer item, equipamento, produto ou sistema, modificado ou personalizado, com o intuito de aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais dos indivíduos. Elas podem ser aplicadas a indivíduos com deficiências físicas, cognitivas ou de comunicação.
Dessa forma, a fim de atender a essas necessidades e melhorar a qualidade do atendimento e da qualidade de vida de pessoas com essa condição, diversas tecnologias veem sendo pensadas. A seguir citaremos algumas das principais:
- Aplicativos de saúde móvel para gerenciamento de demência: Alguns estudos avaliaram recursos móveis e baseados na Internet para pacientes com demência com o objetivo de estimular habilidades cognitivas ou funcionais nesses pacientes. A maioria dessas ferramentas inclui dispositivos de robótica, enquanto outras categorias incluem monitoramento de saúde e paciente, lembretes e comunicação.
- Gerenciamento de Doenças e Suporte ao Paciente: equipamentos que fazem treinamento envolvendo o cuidado, reabilitação e diagnóstico de pacientes. Alguns estudos desenvolveram jogos que estimulam cognitivamente, fisicamente e sensório-motor o paciente, e fazem monitoramento diário dos perfis de demência de uma pessoa usando tecnologias de rastreamento ocular. Além disso, fazem o apoio ao paciente inclui apoiá-los por meio de lembretes.
- Aplicativos que apoiam a comunicação e a colaboração dos Atores de Prestação de Cuidados: Funcionando como uma plataforma social, essas tecnologias incluem contatos, calendário, mensagens, um registro de cuidados de demência, ferramentas de compartilhamento de cuidados, plano de medicação / lembrete, videochamada, facilitando o tratamento do paciente e a interação com seus cuidadores.
Referências
CAHILL, SUZANNE et al. “It gives me a sense of independence”–Findings from Ireland on the use and usefulness of assistive technology for people with dementia. Technology and Disability, v. 19, n. 2-3, p. 133-142, 2007.
KENIGSBERG, Paul-Ariel et al. Assistive technologies to address capabilities of people with dementia: from research to practice. Dementia, v. 18, n. 4, p. 1568-1595, 2019.
KOUMAKIS, Lefteris et al. Dementia care frameworks and assistive technologies for their implementation: A review. IEEE reviews in biomedical engineering, v. 12, p. 4-18, 2019.
THORDARDOTTIR, Björg et al. Acceptance and use of innovative assistive technologies among people with cognitive impairment and their caregivers: a systematic review. BioMed research international, v. 2019, 2019.
The content published here is the exclusive responsibility of the authors.