A imagem por
Ressonância Magnética Estrutural (MRI) é uma técnica não radioativa e não invasiva que tem como principal objetivo o estudo anatômico de estruturas corporais. Por meio dessa técnica é possível fazer o diagnóstico e prognóstico de patologias que acometem os órgãos. Utilizada com mais frequência para avaliar a estrutura anatômica
cerebral, pois possibilita visualizar com maior definição tecidos moles. Essa técnica apresenta excelente resolução espacial e contraste. O avanço tecnológico da MRI possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas como a
Ressonância Magnética Funcional (fMRI) e espectroscopia e Imaging Tensor Diffusion (DTI), técnicas que permite obter dados fisiológicos da atividade cerebral.
Os princípios físicos da MRI envolvem principalmente as propriedades magnéticas do aparelho de ressonância e ondas de radiofrequência RF. Dessa forma, torna-se possível formar imagens espaciais de tecidos moles através dos dados adquiridos.
O
aparelho de ressonância magnética funciona como um grande imã gerando uma campo magnético 30 mil vezes superior ao campo da terra. Atualmente, existem 3 tipos de aparelhos de MRI baseados na potência do campo eletromagnético, são os aparelhos de 1,5 T, 3T e 7T. O campo magnético é gerado por uma corrente elétrica aplicada em hélio líquido a uma temperatura de -269 C, que passa a atuar como um supercondutor.
Normalmente, os átomos de H realizam movimentos aleatórios quando submetidos ao campo magnético da terra. Dessa forma, a magnetização total dos átomos de H é nula. Portanto, quando submetidos ao campo magnético potente do MRI os átomos de H são deslocados e alinhados de forma paralela no interior do corpo humano. Quando aplicado o campo magnético, os átomos passam a girar em torno do seu próprio eixo e se alinham de forma antiparalela.
Em seguida, são emitidas pulsos de radiofrequência (RF) que excitam e desalinham os átomos de H gerando o movimento de precessão (período de relaxamento). Logo, ao receberem os pulsos de RF os átomos saem da posição inicial e formam ângulos (90 e 180) e depois regressam, fenômeno conhecido como ressonância ou relaxamento. Dessa forma, os átomos de H emitem uma nova onda de radiofrequência que pode ser calculada pela Frequência de Lamor, chamado de Sinal de Livre Indução (SIL). Esse sinal é enviado ao computador e decodificado, sendo possível identificar a posição e a intensidade. Os dados são armazenados em forma de matrizes e concatenados formando pixels em escalas de cinza. Os pixels armazenados dos slices dos cortes transversais, longitudinais e coronais formam os voxels da imagem tridimensional.
Dessa forma, com essa tecnologia é possível formar
imagens da estrutura anatômica cerebral e de outras estruturas corporais. Sendo assim, suas aplicações são inúmeras e sua contribuição para o avanço da medicina e da neurociência é inquestionável. Sendo uma ferramenta importante para o auxílio do diagnóstico de tumores e lesões cerebrais.
REFERENCIAS
Madureira, L. C. A; Oliveira, C. S; Seixas, C.; Nardi, V.; Paulo, R.; Araújo, C.; Alves, C. Importância da imagem por ressonância magnética nos estudos dos processos interativos dos órgãos e sistemas. R. Ci. méd. biol. 2010; 9 (Supl.1):13-19
LINK: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/1557/1/3500.pdf
Marchiori, E.; Santos, M. L. Introdução a Radiologia. Link: https://morfomed.files.wordpress.com/2015/06/introduc3a7c3a3o-c3a0-radiologia-marchiori-e-santos-parte-i.pdf
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