Os alimentos influenciam nas suas emoções e motivações?

Thursday, 11 de June de 2020

Sabe aquele nervosismo que você fica quando o almoço atrasa? O pote de sorvete que você toma sozinho quando está triste? Ou então o ganho de peso na faculdade? Muitas pessoas falam que ficam estressados quando estão com fome... Existe associação entre o alimento e o humor?

Já parou para pensar o quão desanimado você pode ficar quando está fazendo uma dieta restrita ou o quão empolgante pode ser sentir o cheiro de uma pizza e dar aquela mordida? Não é lenda dizer que a alimentação afeta diretamente o nosso humor pois, além de alguns alimentos terem a capacidade de aumentar a produção de neurotransmissores que envolvem bem estar, uma via do encéfalo trabalha fortemente com esses neurotransmissores no processo que envolve a motivação em sentir vontades, como por exemplo comer ou parar de comer.

 O encéfalo se comporta de formas diferentes de acordo com o que comemos e o elo entre o alimento e o humor é dado através da serotonina. A serotonina, considerada como um dos hormônios da felicidade, desempenha um papel importante na saciedade, por apresentar controle sobre esta e a fome através de diversos receptores com funções diferentes. A sensação de prazer e bem estar proporcionada por este neurotransmissor também está relacionada com os alimentos ou até distúrbios alimentares que podem levar, inclusive, a depressão

Medidas de serotonina no hipotálamo revelam controlam o seu nível pós-absorção, aumentando a antecipação a chegada de alimento (ex: salivar) e o pico do neurotransmissor é elavado durante a refeição. Sabe qual alimento que ele responde melhor? CARBOIDRATOS. Agora você pode se lembrar dos dias que estava triste e tomou um pote de sorvete sozinho! O aumento de triptofano no sangue e de serotonina no encéfalo é uma explicação para os efeitos melhoradores de humor que o sorvete proporciona. O efeito dos carboidratos é percebido principalmente durante um período de estresse, onde realmente procuramos alimentos e tendemos a engordar.


Existem diversos fármacos que controlam os níveis de serotonina no encéfalo, para tentar reduzir a obesidade por exemplo, mas muitos deles apresentam efeitos colaterais tóxicos. Alterações na regulação da serotonina encefálica também podem contribuir para distúrbios alimentares. A anorexia nervosa, como exemplo, tem como característica a manutenção voluntária do peso corporal em um nível anormalmente mais baixo no qual, em muitos casos, indivíduos tendem a praticar vômitos forçados para manter o peso reduzido. Em outras palavras, o individuo nunca está satisfeito com o seu aspecto físico e normalmente é acompanhado pela depressão, um transtorno grave do humor, relacionado a baixos níveis de serotonina.

De fato, existem diversos fármacos antidepressivos que acabam aumentando o nível de serotonina no cérebro, mas existem formas naturais de elevar o nível deste neurotransmissor, através de alimentos ricos em serotonina como carboidratos simples,proteínas, etc. Como sugestão também, fica a dica da neuromodulação para pesquisas mais aprofundadas que visam contribuir no estímulo cerebral e, desta forma, será possível intermediar a depressão, saciedade e outros processos motivacionais.

 

Referências

Gammon, Earl (2019) Affective neuroscience, emotional regulation, and international relations. International Theory. ISSN 1752-9719

2019. "Symbols and World Politics: Towards a Long-Term Perspective on Historical Trends and Contemporary Challenges." European Journal of International Relations 25(3):931-954

Motta, Simone, Antonio Carobrez, and Newton Canteras. 2017. "The Periaqueductal Gray and Primal Emotional Processing Critical to Influence Complex Defensive Responses, Fear Learning and Reward Seeking." Neuroscience & Biobehavioral Reviews 76(A):39-47

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Autor:

Mouhamed Zorkot

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