Neuroeducação: melhorando o aprendizado das crianças

Tuesday, 21 de July de 2020

As salas de aula passam pelo desafio de serem mais interessantes e capacitadoras para os alunos adquirirem um aprendizado de qualidade. Tanto aulas tradicionais como escolas de língua, vamos ver como a neuroeducação aplicada pode contribuir?

Fonte: Unevieenauvergne

Já falamos sobre a importância de uma metodologia de qualidade no desenvolvimento do aprendizado. Sabe-se que a educação pode quebrar paradigmas morais e proporcionar uma sociedade mais preparada, tanto no contexto pessoal como no profissional. Todos os professores devem conhecer a neurociência, inclusive os professores de uma segunda língua, para aplicar o conteúdo de aprendizado baseado em pesquisas sobre memória declarativa.

Com o avanço da engenharia e áreas afins, técnicas não invasivas que produzem imagens do cérebro e medem as atividades cerebrais foram desenvolvidos e cada vez mais aprimorados. NIRS, EEG ou fMRI são alguns exemplos dessa tecnologia no qual já trouxeram uma rica quantidade de informações sobre a capacidade cerebral em relação ao aprendizado.

Mas, como citado, nós já falamos sobre a importância da implantação da neuroeducação nas salas de aula... Vamos ver como realmente fazer isso? Seguem algumas dicas!

  • O aprendizado precisa de memória: o aprendizado associado com a memória exige a formação de novas redes neurais no cérebro. A memória armazena e recupera qualquer informação e, pode ser categorizada em memória de trabalho, de longo prazo, explícita e implícita. Realizar atividades dinâmicas que induzem a memória do aluno é fundamental. Como exemplo, sabe aquele jogo de memória que as crianças brincam? Pode  não parecer, mas é uma brincadeira que estimula o cérebro e o faz associar com o que esta escrito na carta do jogo, como por exemplo animais.
  • Aprendizado baseado em reforço: o ensino eficaz auxilia no fortalecimento das redes neurais e deve formar estruturas no cérebro visando a resolução de problemas. Para isso, pesquisadores sugerem que o professor apresente a informação mas também realize interações com o aluno visando o esclarecimento e construção do conhecimento. É uma abordagem que se baseia no esforço
  • Memória processual: as crianças apresentam maior rendimento com a memória processual. Esta é utilizada para a obtenção de informações sobre como executar tarefas e na formação de hábitos, onde transforma em um conhecimento subconsciente que faz com que habilidades sejam automatizadas. Como fazer isso? Expondo o aluno a tarefas repetidas de acordo com o estímulo.
  • Papel compensatório: neste contexto, o aluno deve estar interessado nas atividades de memória, inclusive para o aprendizado de uma nova língua. Para isso,  o tutor deve proporcionar oportunidades para o aluno otimizar a capacidade de memória e seu papel compensatório
  • O início do aprendizado depende da memória declarativa: essa memória tem um desempenho melhor no inicio do aprendizado, sendo assim uma segunda linguagem por exemplo deve ter o ensino baseado no léxico, ou seja, em um conjunto de palavras. Entretanto, não basta apenas transmitir o conteúdo gramatical e no vocabulário, deve-se transmitir um aprendizado consciente, com repetição e memorização do processo. Assim, posteriormente o aluno terá maior capacidade para desenvolver habilidades autônomas

Esses foram alguns exemplos, dentro de vários que podem aprimorar a educação. Vale ressaltar a importância do papel do tutor para a sincronização do seu cérebro com o do estudante. A partir disso, não apenas transmitir um conteúdo teórico mas também deve levar em consideração a educação moral.

Referências

Conti-Ramsden, G., Ullman, M.T., Lum, J.A.G. (2015). The relation between receptive grammar and procedural, declarative, and working memory in specific language impairment. Frontiers in Psychology.

Jones, M.N.; Dye, M.; Jones, B.T., (2017). Context as an organizing principle of lexicon. Psychology of Learning and Motivation, 67, pp.239-83.

Kelly, C. 2017. The BrainStudies Boom: Using Neuroscience in ESL/EFL Teacher Training. In T.S. Gregerson & P. Machtyre, Innovative Practices in Language Teacher Education: Spanning the Spectrum from Intra- to Inter-personal Professional Development. New York: Springer,

Kweldju, S. (2019). EDUCATIONAL NEUROSCIENCE FOR SECOND LANGUAGE CLASSROOMS. J-ELLiT (Journal of English Language, Literature, and Teaching)3(2), 1-9.

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Autor:

Mouhamed Zorkot

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