Mindfulness na reabilitação neuropsicológica

Monday, 06 de April de 2020

Se um dos seus interesses é saúde mental, com certeza já ouviu falar em mindfulness. Mas para quem ainda não conhece, o mindfulness ou atenção plena é uma técnica de meditação que auxilia a trazer a nossa consciência ao momento presente, através de técnicas de respiração.

Muitos estudos relatam que a utilização da técnica diminui os picos de cortisol, o hormônio do estresse, inclusive a longo prazo. Alguns deles mostram isso através da utilização do mindfulness como recurso terapêutico para depressão e ansiedade. Além de melhorar a qualidade de sono e de vida no geral, o tratamento para esses transtornos auxilia na prevenção de doenças neurodegenerativas, como doença de Alzheimer, outros processos demenciais e outros comprometimentos cognitivos.

Um estudo de 2017 observou a ativação cerebral durante a prática em crianças e adolescentes através de imagens obtidas pela ressonância magnética. Jovens mais conscientes relataram menor ansiedade. E os resultados obtidos servem de base para intervenções cognitivas em crianças.

Além disso, estudos com eletroencefalografia (EEG) associam o mindfulness a criação de ritmos cerebrais específicos envolvidos na percepção metacognitiva. Outros estudos mostraram a diminuição de padrões de atividade cerebrais em atividades específicas após a técnica e diminuição da atividade da amígdala, área que está associada a respostas emocionais a estímulos negativos, como medo e estresse. Também foi identificada uma maior ativação cerebral na área pré-frontal, responsável pela autorregulação, controle inibitório, flexibilidade cognitiva, entre outros.

Assim, é possível pensar na possibilidade de utilizar essa ferramenta como recurso adicionais aos métodos tradicionais de reabilitação neuropsicológica, visto que os padrões mostrados por tais estudos melhoram as funções cognitivas.

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Autor: Rafaela Rossini Rosa

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