Estudos demonstram que as crianças estão cada vez mais conectadas, e os números estão cada vez mais alarmantes: 1 em cada 3 usuários de internet no mundo é uma criança. As causas são variadas, mas, sabe-se que esse cenário não é o ideal. Além disso, as crianças vivem no mesmo mundo que nós, sendo assim, em todos os lugares que elas convivem existem pessoas utilizando telas das mais variadas formas, e, os pequenos não ficam atrás.

Estudos examinaram a relação entre exposição de tela e habilidades de atenção em crianças pré-escolares em desenvolvimento típico utilizando EEG durante o descanso. Os resultados sugeriram um aumento da onda lenta (banda teta) e a diminuição da onda rápida (bandas beta e gama) geradas pelo EEG, bem como o aumento da relação teta / beta.

Além disso, os processos de aprendizagem mostraram-se ineficientes quando as telas são usadas em comparação com a aprendizagem por meio da interação social: estudos sobre a aquisição da linguagem dos bebês indicaram que a capacidade de aprender novas informações é significativamente maior quando se aprende por meio da interação social do que quando exposto aos mesmos materiais na tela. Apesar desses estudos, o mecanismo para a relação entre exposição na tela e habilidades de atenção ainda não está claro, com apenas alguns estudos mostrando o efeito da exposição na tela na diminuição da integridade da substância cinzenta ou conectividade funcional reduzida em crianças mais velhas (8 anos ou mais). 

É importante destacar que a internet não é de todo mal para criança. Existem diversos recursos que auxiliam no desenvolvimento destas, como por exemplo: aplicativos de raciocínio, de lógica, de leitura, de artes; além disso, a internet democratiza o acesso à informação e à cultura; e ainda pode, por exemplo, conectar crianças de regiões diferentes. A preocupação é com a superexposição!!!

Uma maneira eficiente de descrever o efeito da exposição na tela em mecanismos atencionais básicos é examinando as gravações de eletroencefalograma (EEG), concentrando-se especificamente em bandas relacionadas à atenção. Além disso, EEG pode ser usado para medir atividade cerebral em múltiplos contextos. Falando nisso, nossa plataforma dispõe desse produto, clique aqui e confira.

Referências

BORST, Grégoire. Screens and the development of children and adolescents. Futuribles, n. 6, p. 41-49, 2019.

MARCELLI, Daniel. Excessive early exposure to screens: How to detect and prevent the associated disorders. Futuribles, n. 6, p. 27-40, 2019.

ZIVAN, Michal et al. Screen-exposure and altered brain activation related to attention in preschool children: An EEG study. Trends in neuroscience and education, v. 17, p. 100117, 2019.