Diferenças de mulheres na lista de referências. POR QUÊ?

Thursday, 17 de December de 2020

A neurociência tem cada vez mais tentado confrontar os desequilíbrios generalizados de gênero dentro dessa área. Embora grande parte da conversa tenha se concentrado na publicação e na participação em conferências, pesquisas recentes em outros campos chamaram a atenção para a prevalência do preconceito de gênero nas práticas de citação. Por causa dos efeitos posteriores que as citações podem ter sobre a visibilidade e o avanço na carreira, compreender e eliminar o preconceito de gênero nas práticas de citação é vital para lidar com a desigualdade em uma comunidade científica.

 

 

Um estudo têm buscado evidências de preconceito de gênero nas práticas de citação de neurocientistas. Usando dados de cinco jornais de neurociência importantes, estes estudos perceberam que listas de referências tendem a incluir mais artigos com homens como primeiro e último autor do que seria de se esperar se o gênero não fosse um fator na referência. 

Foi demonstrado que essa citação de homens nas autorias de artigos está aumentando com o tempo à medida que o campo se torna mais diversificado. Além disso, eles também perceberam que os homens tendem a supercitar outros homens, especialmente quando suas redes sociais são representativas. 

Ou seja, essa desigualdade já existe, está aumentando, e os homens veem reforçando isso! E NÓS MULHERES, O QUE VAMOS FAZER PARA MUDAR ISSO?

 

Referência

DWORKIN, Jordan D. et al. The extent and drivers of gender imbalance in neuroscience reference lists. arXiv preprint arXiv:2001.01002, 2020.

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Autor: Mariane de Araujo e Silva
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